Saímos de BH debaixo de muito sol. O Marco Aurélio nos prestigiou com uma despedida e tanto. Apareceu lá e nos escoltou até Betim, despedindo-se com mil recomendações de segurança e desejos de boa viagem.
As estradas estão muito boas após o trevo da BR381 para Pará de Minas. A viagem rende muito e com muita segurança.
Chegamos ao hotel em Capitólio às três e meia da tarde.
No segundo dia, ficamos no hotel descansando e curtindo o dia todo.
Hoje, 30-04-2012, segunda-feira, fizemos nosso tão esperado passeio de barco pela lagoa, com destino aos cânions e cachoeiras. Maravilha da natureza. Na ida, o sol ajudou bem, mas na volta pegamos uma chuva torrencial. A lagoa virou mar e a água ficou agitadíssima. Muito vento e água descendo sem parar. Despistando o medo, a gente se divertiu bastante, rindo uns dos outros feito doidos. Graças da Deus chegamos ao hotel, mas foi muito difícil o trajeto da volta nessas condições.
Abaixo vai uma música dedicada aos Fajutos do Asfalto, ilustrando alguns acontecimentos desses três primeiros dias.
Eu nasci há dez mil anos atrás
Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçadaCom uma cuia de esmola e uma viola na mão
O povo parou pra ouvir, ele agradeceu as moedas
E cantou essa música, que contava uma história, de uma viagem à Serra da Canastra
Que era mais ou menos assim:
Eu nasci há dez mil anos atrás
e não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais (2x)
Eu vi o Marco Aurélio ser pra trás deixado
O cara nos seguindo e em Betim ficar parado
Eu vi os tiras pegando os Fajutos, pra pagarem seus pecados,
Eu vi,
Eu vi o Rainho cruzar o mar vermelho
Vi Salazar cair na terra de joelhos
Eu vi Pedro ligar pra Janaína por três vezes diante do espelho
Eu vi,
Eu nasci
Há dez mil anos atrás...
Eu vi as chuvas despencarem na Canastra
Vi Capitólio ser riscada do mapa
Vi conde Drácula rumando pras escarpa
e se escondendo atrás da capa (de chuva...)
Eu vi,
Eu vi a arca de Noé lá na represa
Vi a Mônica cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Edith morder toalha na borrasca
lá nas águas da Canastra
Eu vi,
Eu nasci
Há dez mil anos atrás...
Eu vi a água que caía na montanha
eu vi Rogério com pneu furado fazer façanha
Vi a Selene que estudava suas palestras numa cama de campanha
Eu vi,
Eu li os símbolos sagrados de Umbanda
Eu fui criança pra poder dançar ciranda
E, quando todos praguejavam contra o frio,
O Salazar curtiu a proa da chalana
Eu nasci
Há dez mil anos atrás...
Eu tava junto com os Fajutos na caverna
Eu bebi vinho com as Fajutas na taberna
E quando a chuva despencou da ribanceira
Eu também molhei e perna
Eu também,
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E praquele que provar que eu tô mentindo
eu tiro o meu chapéu
Eu nasci
Há dez mil anos atrás...